Autor: Antonio Lúcio
Editora: IDE
Ano: 2011
Páginas:215
Gênero: Espírita
Resenha por: Leila
Nota: ★★★★ + ♥  

Oito Espíritos que, quando encarnados, em particulares momentos de extremo desespero, perdem o controle de suas emoções, atentando contra a própria existência, sem acreditarem na continuidade da vida e nas consequências de tal ato. E no plano espiritual, como consequência inevitável, longo tempo de sofrimento e revolta, até que o arrependimento puro e sincero os leva a um resgate por socorristas do Hospital Maria de Nazaré. E após árduo período de recuperação, um proveitoso encontro e a esperança de novas oportunidades.


Este romance espírita traz um tema que, mesmo hoje em dia, ainda é encarado com dificuldades, preconceitos, melindres, quando não é escondido ou evitado: o suicídio.
Sabemos que todas as religiões reprovam este ato, pois atentar contra a própria existência é atentar contra o Criador. A Psicologia, por sua vez, explica que temos um instinto de conservação. Então, podemos entender porque o suicídio ainda é um tema que temos dificuldades de encarar... Mas, talvez, esta dificuldade atrapalhe nossa visão e piore a situação.
O encontro dos oito conta um pouco sobre oito pessoas que, encarnadas, passaram por desafios aos  quais pensaram não haver solução e por não acreditarem na continuidade da vida, julgaram que o suicídio seria a única saída. Esta leitura proporciona que façamos uma reflexão sobre nossa vida e desafios, mas também poderemos buscar uma visão melhor das pessoas, que próximas ou não, acabamos por encontrar nas mais diversas situações. Por vezes, um olhar, uma escuta sensível, uma palavra, podem demonstrar a alguém que está se sentindo "invisível", inferiorizado, num "beco sem saída", que não está assim tão sozinho e que pode haver uma solução.
Este livro mostra o que acontece a estas pessoas após o suicídio, esclarecendo que, na visão espírita, estas pessoas não vão para o "inferno", que Deus não castiga eternamente, pois é um Pai com infinita bondade, sabedoria e justiça, mas passam por sofrimentos, sim, pois, percebem que, com a morte do corpo, seus problemas não desaparecem, que a vida continua e, por causa de seu ato, feriram as estruturas do "corpo espiritual" e, por isso sentem dores. Qual é o tempo de duração disto tudo? Depende de cada um. Após o arrependimento sincero, com o aprendizado que muitas vezes somos como crianças mimadas, querendo tudo do nosso jeito, conquistamos o abençoado socorro e a vontade de corrigir nossos erros.
Não deixem de ler e refletir sobre este assunto!


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